"lockdown"
A experiência de “lockdown” não tem sido solitária, ao contrário, somos acompanhados por multidões ao redor do mundo.
Através das nossas telas vimos o Papa Francisco que, com gestos e voz profética, falou para ao vazio mais cheio que se pôde testemunhar: "A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades.".
Através das nossas telas vimos o Papa Francisco que, com gestos e voz profética, falou para ao vazio mais cheio que se pôde testemunhar: "A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades.".
A tempestade de que ele fala é uma pandemia que já era anunciada e até esperada. Não se sabia quando, mas era certo que um dia chegaria. A ciência previa, mas não escutamos e nem nos precavemos. Era mais importante seguir com a ordem do dia, seja na economia, na política ou nas relações sociais. Os compromissos e agendas fizeram com que se corresse, sempre mais, atrás do prejuízo. Foi então que a vulnerabilidade se apresentou mais forte do que o poder fazer ou decidir.
Surge o momento em que já não se sabe mais para onde olhar, se para os fatos que assombram ou para a fragilidade nua dos projetos que tanto nos sufocam e que não garantem resultados.
Na sequência, Francisco, com uma autoridade inequívoca, diz ao mundo: "Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente." A pergunta que não quer calar: Por que devemos continuar fazendo o mesmo de sempre, quando os fundamentos de nossos planos são descobertos sobre a areia e não sobre a rocha firme?
A experiência de não poder sair de casa é também a experiência de não poder continuar do mesmo jeito de antes. Um mundo diferente está para nascer, enquanto que este, com o qual já nos acostumamos, acabou.
Feliz mundo novo!
Em Maynooth, Irlanda, quando todos os compromissos a médio prazo já estavam cancelados, incluindo a possibilidade de voltar à Roma.
Maravilhoso. . abraços.
ResponderExcluirPrecisamos mudar evnao sermos mais os mesmos
ResponderExcluirMaravilhoso texto!!!
ResponderExcluirEscrito pelo querido Pe Anselmo q.mesmo tão longe nós faz crescer na fé.
ResponderExcluirEscrito pelo querido Pe Anselmo q.mesmo tão longe nós faz crescer na fé. Leila Coelho
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