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Mostrando postagens de 2013

Parar para seguir

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Foi num momento de lucidez que decidi parar para poder seguir. Acredito que por ação divina, me propus a parar e silenciar, ouvir e avaliar, reprogramar e até desistir. Para cada etapa vivida, essa deveria ser a meta: parar para seguir. Como uma espécie de estratégia para a renovação no agir e limpeza do olhar, uma forma de desintoxicar a alma e de encontrar-se com alguém que há muito tempo não se convivia, dito de outra forma, consigo mesmo. Não é humano o ritmo que nos impomos. É diabólico! Ele divide o tempo em função da produção; Qualifica os assuntos em mais, mais ou menos e menos importantes; Segrega as pessoas em interessantes ou rotineiras. Parei para seguir, e de uma outra maneira, se possível for.  Olhar com um olhar diferente pode fazer a diferença. Voltar a lugares conhecidos como se fossem uma grande novidade, ouvir a voz  interior com a atenção de quem ouve uma canção pela primeira vez, visitar lugares esquecidos ou "bem guardados" pela

Assim somos...

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Há amigos que vemos de tempos em tempos, mas a cada reencontro temos alegria, muitas coisas prá dizer, muita novidade. Tenho vários assim. Só para exemplificar, vai um da época colegial. Ele e sua família são de outra tradição religiosa e consequentemente crêem de forma totalmente diversa daquilo que eu professo e ensino. Ainda que isso traga incômodo para muitos, para mim nada mais é que um momento de Graça. Estar com alguém que pensa, crê ou defende algo diferente é sempre uma oportunidade de ouvir, entender mesmo sem concordar, enriquecer o conhecimento e reafirmar aquilo que de fato somos e buscamos como sentido. O que nos une é o coração desarmado e a feliz experiência do querer bem.  Certa ocasião estávamos ali, ensaiando uma pescaria, não por uma "causa" ou por uma ideologia. Estávamos ali pela gratuidade . Gratuidade, querer bem, coração aberto. Tudo isso não são expressões que nos remetem ao mais puro sentimento religioso? O mais interessante er

Francisco

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Senhor, fazei-me um instrumento de vossa paz! (Em Assis, Itália - Em frente a Basílica de São Francisco)

O preço da escolha

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Com o passar do tempo vou descobrindo o que significa o preço de uma escolha. Longe da maturidade, mas com os pés assentados na realidade, vou colhendo os frutos das decisões, algumas livres,  outras nem tanto. A cadeia que nos envolve a todos, nos faz corresponsáveis em nosso agir, sobretudo se agimos em favor ou em nome de outros. Decidir é muito mais do que excluir uma opção para abraçar a outra. Decide-se com responsabilidade quando se leva em consideração não somente o sujeito que escolhe, mas a todos os envolvidos na escolha. O simples fato de dizer sim ou não assume conotações graves, pois no sim ou no não estão embutidos anseios e descréditos. Era muito mais fácil escolher nos tempos da ingenuidade. Porém entre liberdade e condicionamentos, o peso maior deve estar na capacidade de viver o direito de decidir. A escolha por cultivar expectativas alheias é uma eterna escravidão, pois de forma voraz, sempre exigirão mais. Enganar-se acreditando que a