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Mostrando postagens de 2010

Distante...

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Muitas vezes a meta parece estar muito distante... Igreja no alto da Serra do Caraça/MG

Entardecer

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Juiz de Fora/MG, da janela lateral de meu quarto...

Ícaro

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Aos que não perderam a capacidade de sonhar...

Caminho das pedras

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Quem não conhece o mar , que me desculpe. Mas poucas coisas são tão relaxantes quanto caminhar a beira mar, ouvindo o ruído das ondas quebrando, o vento no rosto, o cheiro úmido, o gosto salgado, a maresia, a areia fina sob os pés. Escrevo isso longe do mar. Estou em Belo Horizonte , capital mineira. Escrevo isso como um gesto de saudade. Não sei se do mar, se das ondas, do vento ou da maresia. Talvez saudade da liberdade que tudo isso inspira. Mas o que é liberdade se não a capacidade de entregar-se? Quanto tempo levou para me aproximar do MIRANTE? Quanto tempo levou para olhar o que está a minha volta? Quanto tempo levou para cruzar a porta entreaberta e ser visto? Deve ter sido o tempo da liberdade ... o tempo da saudade! A liberdade de caminhar com dignidade sem nada dever. A liberdade de sonhar como se ninguém antes tivesse sonhado. A liberdade de dizer sim, mesmo achando que deveria dizer não. A saudade de um tempo inconseqüente , se é que isso existiu

Jeitinho brasileiro

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Na falta de chuva, temos que dar o nosso jeitinho brasileiro. Hoje fui regar o jardim. Aqui a chuva já não nos visita com generosidade por volta dos três meses. A secura toma conta de tudo, do ar, da terra, dos corpos, das mentes. É claro que diante disso uma porta se abre para o mirante. Na vida não parece ser diferente, há tempos de chuvas e de secas, de flores e de frutos, da abundância do verde e dos galhos secos. Na falta de chuva, tenho que dar o meu jeito... o que não posso é deixar morrer. A foto é de hoje cedo, um presente de frescor em tempos de secura.

Para onde olhar?

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Não sei para onde olhar, se para as flores ao entardecer ou para a porta escura ao fundo... Se paro nas flores, posso me iludir achando que a vida será sempre assim, colorida, ensolarada, cheia de força. Se me fixo na porta ao fundo, nas sombras, no vazio, perco a oportunidade de alegrar-me com a simplicidade bela que cada dia nos oferece. Mas a muralha é grande e de pedras. As flores são só flores e beleza. Não sei para onde olhar, se para as flores ao entardecer ou para a porta escura ao fundo...

Contando o tempo

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Volto a escrever sobre o tempo . Tão precioso que não deve ser desperdiçado, dizem alguns. Pelo contrário, deve ser perseguido, dirão outros. Tão forte que pode até escravizar, mas pode ser também um grande mestre. Lembro-me dos contos da antiga catequese, onde um deles dizia que um menino foi perguntado sobre o que faria se soubesse que em pouco tempo iria morrer. E a resposta da meninada era: "Vou correr prá igreja para rezar". E a surpresa vinha quando o contador de histórias nos revelava a resposta edificante do menino: "Eu vou continuar brincando, fazendo o de sempre!" Para nosso espanto, como poderia agir assim? As histórias se repetem ou se complementam? A histórias retratam a vida ou a vida imita os contos? Em minha atual missão, vivo entre "meninos" que a cada dia contam o tempo de maneira diferente da nossa. Eles sabem que esse nosso tempo está se encurtando a cada dia, mas nem por isso deixam de fazer o de sempre! Vivem a tranquili

Travessia

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As férias acabaram! É hora de fazer um novo caminho... Parece que iniciar o segundo semestre é como preparar-se para o novo ano. Pode até ser, mas muito ainda se tem para caminhar. Se formos coerentes com a reflexão sobre o tempo , sabemos que não estamos voltando, mas seguindo em frente. Há um longo caminho e projetos e sonhos ainda estão por realizar-se. Essas férias merecidas nada mais foram do que uma travessia. É preciso passar para o outro lado, caminhar em outras direções, mas seguir caminhando. Estamos de volta! A porta continua aberta e você pode entrar a qualquer momento. Talvez baste apenas atravessar para o outro lado .

Barquinho

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Conceição da Barra - ES

Das profundezas

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Iluminai

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Contemplação

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Aparecida/SP

Como é bom ser surpreendido!

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Há alguns dias atrás me deparei com uma frase marcante: “Quem ama se surpreende ao ser amado, por que não cobra nem espera recompensa”. Quem escreve isso é Gabriel Chalita, em sua carta ao Pe. Fábio de Melo (MELO e CHALITA. Carta entre amigos. Sobre medos contemporâneos. Ediouro, Rio de Janeiro, 2009.) Na verdade não há grande novidade nesta afirmação, pois Paulo em sua carta aos Coríntios (I Cor 13, 4-7) já nos diz algo parecido. Também na reflexão sobre a gratuidade já sinalizamos nesta direção. Assim mesmo insisto que a frase é marcante, pois é mais uma forma de lembrarmos a gratuidade das relações. Como é bom ser surpreendido! Hoje abri um e-mail onde a surpresa gratuita de uma amizade e ao mesmo tempo de uma chamada de atenção, me fez parar e repensar o que significa ser para os outros. Quatro meses depois de uma pregação feita com uma comunidade de Barra Mansa, lugar onde inaugurei meu ministério, uma amiga me escreve confessando que desde aquela homilia, ela vinha

Um olhar

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A vítima do goleiro

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Ontem, após assistir as notícias sobre o assassinato da namorada do jogador de futebol, tive que sair de frente da TV e respirar por um bom tempo. O depoimento da testemunha chave dizia que, o algoz apareceu com um saco, foi até os cachorros e atirou a mão da moça aos animais... E, por fim, a reportagem foi concluída com a notícia de que o computador da vítima foi entregue à polícia e que a senha de acesso era "amor e ódio" . Muitos personagens estão em questão nesta trama real. Destaco somente aqueles que um dia se fizeram amantes. Já não nos espanta ver figuras que deveriam ser referência, sobretudo para os jovens, pela saúde, vigor esportivo ou sucesso midiático, envolvidos em casos de polícia. Uns pela prostituição, outros pelo envolvimento com o tráfico ou com o uso de drogas e agora temos esse assassinato tão descabido, que me faltam palavras para qualificá-lo. Como nossa "cultura" tem sido perversa. Um jovem amanhece pobre e desconhecido e vai dormir milio

Portal

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São João del Rei, MG

Olhando o futuro

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Esta é a Camila, filha do Lázaro e da Dulce. Seus pais se casaram diante de mim, na cidade de Resende Costa/MG, quando eu ainda era diácono. Nesta manhã ensolarada de inverno e abrindo o mês de Julho em nosso Blog, está a Camila olhando para o Futuro.

Quem conduz a vida?

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Quem conduz a vida? Foi essa a pergunta que ficou depois de uma longa conversa com um amigo. Diante das inexplicáveis dificuldades, barreiras, quedas e derrotas, o bravo guerreiro me afirmou com todas as letras: “Eu queria ter tido a oportunidade de, em algum momento, conduzir a minha vida... conduzí-la da maneira que acho melhor. Acredito que faria bem!” Não posso duvidar que uma pessoa boa, de fé e caráter, tentaria com todos os esforços dirigir as coisas para o bem de todos. Mas seria possível, para aqueles que, em determinado momento, fizeram a livre escolha de buscar uma vida nova em Cristo, poder viver fora da condução amorosa de Deus? O problema não é ter alguém dirigindo, mas sim não reconhecer o caminho pelo qual somos levados. Voltando ao meu interlocutor, isso é motivo de grande sofrimento. Principalmente quando se fala de uma história e não de um momento da vida. Caramba! Mas se Deus está na história, não deveria ser ela um passeio tranqüilo? O que dizer, dian

Inverno

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A nova estação chegou!

Cena urbana

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Essa foto foi tirada em uma aventura urbana. Eu explico: numa tarde que tomei coragem de sair com minha companheira, a câmera, para clicar cenas do dia a dia. Esse quadro acima ficou na minha mente. Essas duas senhoras, desconhecidas, me apresentaram interrogações. O que faziam ou a quem esperavam? Será que realmente tinham esperança?

Recordação

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1 + 1 é sempre mais que 2

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Matemática, a mais exata das exatas! Qual terá sido a fórmula usada por Deus para criar o ser humano? Na verdade acho que não há fórmula, mas forma... Deus criou cada um com uma forma. Ah, Senhor, bem que podia ter facilitado um pouco... Para quem trabalha com gente, uma fórmula, um cálculo, uma cola, qualquer coisa ajudaria. Mas não é assim, né. É preciso ir devagar e buscar a compreensão, a lógica, a paciência e o desparate para conviver com cada um, um por um. Como seria fácil se fosse diferente, mas sei que não seria humano. Mas, e aqueles que parecem tudo, menos humanos? E aqueles de cara cisuda, de coração duro, de respostas prontas e nenhuma vontade de aprender, de partilhar, de conhecer? E aqueles que só sabem cobrar, que só sabem questionar, que só sabem olhar por cima? E aqueles que exacerbam na incoerencia e ainda fazem questão de olhar a fraqueza dos outros? Realmente não é possível usar da matemática, pois se assim fosse, muitos seriam subtraídos. Com alguns, pouco seria

Caminhos

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Como é difícil voltar... como é difícil recomeçar. Nesta madrugada gelada e silenciosa me obrigo a retomar o diálogo. Não que ele estivesse cortado, mas diminuído a intensidade. Intenso são os dias que nos obrigam a correr, suar, desfocar, trabalhar, viajar e sei lá mais o que? Como é difícil reconstruir, ainda que as ferramentas estejam à mão. Parece que a preguiça, misturada a uma tentação de inutilidade começa a nos rondar, a nos dizer: para que? Como é difícil superar, ainda que seja o sono, a ansiedade, o frio da noite... Como é difícil quebrar o silêncio e voltar a conversar. Aqui estamos de volta, refazendo o caminho!

Muito Obrigado!

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Existem dias ou situações em que por mais que busquemos palavras ou imagens para expressar o que sentimos, ainda assim, não conseguimos. Hoje, para mim, resta um MUITO OBRIGADO! Mais um ano se completa e um novo vem como desafio. Este sino da foto é de uma das igrejas de Tiradentes/MG. O sino foi por muito tempo um dos mais eficazes meio de comunicação. Na maioria das vezes ele quer ser sinal de alegria, um convite à festa. Mas o sino não é unanimidade. Há muitos que se incomodam com o seu comunicar. Suas badaladas para os incomodados não passam de ruídos. Hoje é dia de agradecimento. É dia de reconhecer em cada palavra, em cada ligação, e-mail, torpedo, abraço, sorriso, beijo, carinho e em tantos gestos sinceros, o quanto vamos construindo laços entre irmãos. Muito obrigado Senhor por todos os que estão celebrando comigo.

Tic Tac

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Arrisco a dizer que o tempo é a coisa mais democrática que Deus criou. Isso mesmo, você pode rir ou se surpreender com esta afirmação despretensiosa. Mas o tempo passa igual para todos e todas. Pobres ou ricos, jovens ou venhos, negros ou brancos. Todos sentimos o tempo passar. Lembro-me de um vídeo, destes que se passam em empresas para motivar os funcionários. Eu o assisti no meu primeiro ano de seminário. Nele, o palestrante pedia para que descrevêssemos o movimento do pêndulo de um relógio como esse da foto. Muitos apressavam-se em dizer que o pêndulo vai e volta. Bela resposta, mas segundo aquele professor do vídeo, as respostas estavam erradas... sim, errada. O pêndulo nunca volta! O pêndulo vai para um lado e vai para o outro lado. Cada vez que ele vai, é um segundo que se passa. Já dizia o poeta: "O tempo não pára." Ainda que no retrato seja possível pará-lo e contemplá-lo, o tempo continua correndo. A vida continua sendo vivida e as nossas buscas continuam lutan

Boas Notícias

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Multiplicam-se os meios de comunicação e conseqüentemente a quantidade de informações é cada vez maior. A sensação de não agüentarmos mais a correria e os acontecimentos é real, na medida em que somos bombardeados com tantas notícias. Boas e más, falsas e verdadeiras, diretas ou indiretas, estão elas ao nosso redor. Como comunicador e missionário, vejo cada vez mais a responsabilidade de ser portador de Boa Notícia. Veja que interessante, a palavra evangelho, tão cara à comunidade cristã, vem do grego com o significado de Boa Nova. Para o comunicador, a boa notícia não é somente aquilo que é agradável aos sentidos, mas aquilo que se aproxima da verdade. Para o missionário, a boa nova é a verdade que leva alegria às pessoas. Entendamos alegria como o estado daqueles que experimentam uma nova vida a partir da Boa Nova recebida. O Mirante chegou ao seu primeiro mês e para minha surpresa, em tão pouco tempo ele se tornou um meio de divulgar boas notícias. Comentários, e-mails, palavras...

Caminho sem fim

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Pode até parecer um castigo ter de caminhar sempre, sem chegar ao fim. Mas quem disse que há um fim? Talvez haja uma finalidade, a de caminhar fazendo o caminho. É ao longo do caminho que encontramos os apressados, os acomodados, os corajosos, os desanimados. É no caminhar que medimos nossas forças e percebemos que somos capazes de ir mais um pouco. É percorrendo as estradas da vida que percebemos que não estamos sozinhos! É no caminho que descobrimos que erramos e que precisamos tomar outro rumo, ou ainda, que decidimos parar... Parar?! Mas se pararmos, ficaremos. Se ficarmos, os caminhantes seguem. Se os demais seguem, ficamos sozinhos. E por que não, voltar?! Impossível! Voltar não dá mais. Assim é a vida... É possível fazer um outro caminho, ainda que seja em sentido contrário, na contra-mão. Mas será sempre caminho de ida e nunca de volta. Mas queremos sempre chegar e isso é justo. Chegaremos, com certeza, mas não ao fim. Chegaremos a um novo ponto de partida e a estrad

Festa

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"Anjos do Senhor, bendigam o Senhor; louvem exaltem o Senhor para sempre". Dn 3, 58

Da janela lateral

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Uma janela é sempre uma "porta para o mundo". Parece uma afirmação contraditória, mas o que quero dizer é que através dela podemos ver o outro lado. Ver é pouco, podemos conhecer, mergulhar e até viajar ... A janela já foi símbolo dos enamorados, haja vista as esculturas representando a donzela debruçada sobre a janela, suspirando pelo amado. Tornou-se sinônimo de corrupção, pois entrar pela janela não é a melhor forma de se apresentar em um serviço, por exemplo. Já serviu de metáfora para a renovação, pois João XXIII, líder católico, disse que a Igreja precisava ter suas janelas abertas para que o novo ar pudesse circular! Contudo eu fico com a janela da casa, que aberta e sem grades, é capaz de iluminar e arejar o ambiente. A janela que nos permite ver, contemplar, sonhar... não posso abrir mão de minhas lembranças. Quando criança, nas janelas de minha casa sentávamos eu e uma de minhas irmãs, cada um em uma. Ali víamos o anoitecer com o grande farol da Base A

In Natura

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Mesa e intimidade

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Sentar-se à mesa é uma grande celebração, mesmo que nem levemos em consideração esse ato, por estar carregado de rotina. É um rito! Pena que em algumas situações isso deixou até de acontecer. O ser humano, não somente se nutre como outros animais, mas se alimenta e forma comunhão com os que estão ao seu redor, à mesa. Ainda lembro bem da mesa azul, no canto da cozinha, onde meu pai tinha cadeira cativa a espera da comida quentinha. Sem entender, muitas vezes queria levar o prato até a sala, para diante da TV poder jantar. Não, o lugar da refeição era à mesa. Desde 1994 não vivo com minha família, e sim, como missionário, vivo rodando por cidades, estados e até alguns poucos países “hermanos”. Mas em todos esses lugares, a refeição tem o seu espaço ritual. Por que insisto nisso, de que comer é mais que comer e sim, celebrar um rito? Longe de mim querer refletir sobre as ceias ou comidas sagradas nas diversas religiões e culturas. O que faço é somente observar que em qualquer parte onde

Novo dia, presente de Deus

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A cada manhã o mistério da vida se renova. Daqui, de onde escrevo, posso sentir o frio teimoso que não quer ceder ao sol que, timidamente, vai vencendo a barreira de nuvens. O bem-te-vi incansavelmente canta, ou quase grita. Eu sei que ele me viu, pois estou vivo. É mais um dia que se inicia. O orvalho ainda gotejante das folhas faz pensar no asseio da natureza, que se prepara para mais um dia. O canto, as vozes, o cheiro do café sendo coado, meu Deus, o mundo acordou! Acordou do descanso merecido. Acordou da noite fria e escura... oxalá fosse assim. Quantos acordaram e quantos deixaram de acordar? Quantos viram a luz e quantos a tiveram apagada? É mais um dia, mais um presente de Deus.

Preto e Branco

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Tem dias que o dia é assim...

Cores e imagens

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Para um dia frio e cinzento.

Esquecer ou perdoar?!

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Depois de três dias buscando uma palavra, ou uma imagem para o mirante, venho conversar sobre o perdão. Nos meus primeiros meses de ministério, abri o Entre-Rios Jornal, da cidade de Três Rios/RJ e encontrei um artigo intitulado “Perdoar é esquecer”. Aquilo me incomodou tanto que escrevi uma resposta à redação. Essa resposta nunca foi publicada... Como na vida somos sempre confrontados com situações que nos levam a perdoar ou não, proponho essa conversa: O que primeiro me vem à mente é que a falta de perdão ou o ressentimento realmente paralisa as forças criativas da pessoa. A sensibilidade ferida constrói uma espécie de muro que impede a reconciliação. Outras vezes é o orgulho que faz pressão, agravando o mal recebido e acentuando o rancor. A postura dos que sofrem alguma agressão, traição ou ofensa é sempre de dor. Uma dor que se multiplica como uma febre após o ataque de um animal. Sente-se a dor da mordida e sente-se a febre depois do acontecido. No artigo que li em 2006 o autor a

Diálogo, uma difícil arte

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Com o mínimo de grego que estudei em meus tempos de seminário, aprendi que a palavra diálogo significa através da palavra. E é através da palavra que nos distinguimos dos demais animais na comunicação. Palavras “bem-ditas”, palavras “mal-ditas”, todas elas vão e não há mais como segurá-las ou assegurar-se do sentido que elas tomarão. Para viver juntos, entre amantes ou amigos, entre pais e filhos ou entre irmãos; seja lá com quem somos desafiados a construir relação, o diálogo é essencial. Ainda que sobre lugar para o silêncio, o sorriso, o abraço ou o afago, não se pode dispensar o diálogo. É através da palavra que alimentamos a roda viva de nossas relações. Falar sobre isso, ou entender o que essas linhas acima estão dizendo já não é fácil. Porém muito mais difícil é exercitar a arte do diálogo. Talvez porque para dialogar é preciso estar no mesmo lugar. Não no mesmo espaço, na mesma sala, por exemplo, mas no mesmo lugar existencial. Deixa eu dizer de outra maneira: Para dia

Mais uma semana

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Amanhã começa tudo novamente!

Para o alto

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Em uma de minhas primeiras postagens conversava sobre comunicação e comunidade. Hoje voltamos a esse tema, não pelo meu gosto de comunicar, mas porque comunicar é um imperativo na vida da comunidade cristã. A cada ano, desde 1966, celebramos o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Na vida de cada seguidor do Cristo, o ato de comunicar é essencial. Cada discípulo ou discípula é enviado a anunciar uma Boa Notícia. Bento 16 em sua mensagem para esse Domingo das Comunicações afirma que a presença no mundo digital deve ser em constante fidelidade a essa Boa Nova. Para ele, a tarefa de quem trabalha, como consagrado, com os meios de comunicação é aplainar a estrada para novos encontros. A foto postada é de uma antena, que voltada para o alto recebe ou envia informações. Assim somos nós, comunicadores!

O mar e a lua

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Para aqueles que nasceram em cidades do litoral o mar é algo muito comum. Há aqueles que vivem do mar! A beleza, o som, os movimentos das ondas são uma verdadeira dança. Para os que não o conhecem ainda, ou foram apresentados, assim como se apresenta dois estranhos, o mar deve ser motivo de grande admiração. Para os íntimos ou não, o mar sempre inspira respeito. Para alguns povos antigos, entre eles os povos bíblicos, o mar remonta a idéia do caos. A narração da criação diz que o Senhor Deus reuniu as águas e o formou (Gn 1,9s). Mas a força das ondas e das marés continuavam sendo sinal de turbulência, perturbação, desordem, ameaça. Cruzar os mares era sinal de ir até o desconhecido, o inesperado, ir até onde não se tem mais o controle da situação. Estar no mar é estar sujeito aos ventos, à chuva, às forças que parecem querer nos tragar vivos. E se o mar for associado à noite ou à escuridão? Ou se a travessia for solitária? Mas o mar é belo. O poeta chegou a cantar em ve

Sol no campanário

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Mariana, MG

Teimosia - Dom de Deus

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Certa ocasião, quando eu era pároco em Três Rios/RJ , um jovem entrou em meu escritório com um apelo: "tenho aqui um amigo de infância que está no crack. Ele precisa de ajuda". Ali começava uma história que eu não podia imaginar até onde nos levaria. O jovem ficou, conversamos e muita água passou... Mas o crack não. Passado algum tempo, movido pelo desespero, o amigo voltou sozinho, com as próprias pernas bambas, os dedos marcados e as roupas queimadas pelas faíscas das pedras ao serem acesas. O amigo foi ajudado e levado a uma casa de acolhida e recuperação. Mas a história era outra. O jovem, aquele primeiro, o que levara o seu amigo, me desafiou. Queria começar, ele mesmo, uma casa onde os “amigos” da cidade que estavam envolvidos com as drogas, pudessem ser acolhidos e apresentados a uma nova vida, que ele mesmo um dia experimentara. Que bom! Mas já existia tantos outros lugares para isso, será que era sensato criar mais um. E, a partir de quê? Perguntava a minha razão e p

As rosas não falam...!?

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Elas exalam... o perfume, a beleza e a gratidão.

Fruto

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"Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês. Eu os destinei para ir e dar fruto, e para que o fruto de vocês permaneça." Jo 15, 16

No espírito da Gratuidade.

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Dos quatro anos que estudei teologia, destaco aqui algo que me acompanha em diversas situações. Um saudoso mestre nos trouxe uma novidade: Qual a garantia de que a Graça de Deus se faz presente na história das pessoas? Muitos estudiosos da experiência humana sobre Deus têm se debruçado sobre essa questão, a Graça de Deus. Muita gente simples, como nós, volta e meia utiliza a expressão "Graças a Deus". Outros ainda vivem a espera de uma Graça. Mas afinal, essa dita "Graça" entra na história e caminha com a gente? O Mestre nos dizia que a gratuidade humana é o único espaço em que a Graça ganha consistência histórica. É impensável imaginar o ser humano vivendo em estado de graça se as suas relações estiverem marcadas pelo espírito interesseiro. (PRETTO, Hermilo. Em busca de vida nova. São Paulo, Paulinas, 1997.) Como é difícil viver a gratuidade num tempo em que tudo tem um preço. Como é difícil relacionar-se com os outros sem esperar algo em troca, se o que vemos por

Grão de Areia

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"O que é o homem, para dele te lembrares? O ser humano, para que o visites?" Sl 8

"E Deus viu que era bom..."

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"No princípio, Deus criou o céu e a terra... Houve uma tarde e uma manhã..." Gn 1

Maturidade

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Essa foto não seria especial se não fosse o comentário que ela recebeu: "A maturidade não chega ao mesmo tempo para todos!" O comentário foi de uma amiga, mãe de família, esposa, educadora, lá da cidade de Barra Mansa, onde inaugurei meu sacerdócio. Sim, é isso mesmo. Assim como os frutos vão chegando ao ponto, cada um de uma vez, também vamos nós caminhando e maturando. Um dia chegaremos lá!!!

Comunicar: formar comunidade.

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Neste fim de semana me dei a oportunidade de estudar, refletir, fotografar, contemplar e rezar. Pode parecer estranho, mas nem sempre fazemos isso no dia-a-dia, ou pelo menos não da maneira desejada. Não estou passeando, estou trabalhando! Parte da manhã foi dedicada ao estudo da comunicação. Veja que místico: comunicação vem do latim comunis que significa tornar comum , estabelecer comunhão , participar de comunidade (GOMES, Pedro Gilberto. Tópicos de Teoria da Comunicação . São Leopoldo: Unisinos, 2004). Quando nos comunicamos estamos tentando estabelecer uma comunidade com alguém. Isto é Místico! Através do nosso ato de comunicar ou partilhar, conhecemos e somos conhecidos, afirma John Powell, um conhecedor da alma humana. Ele diz ainda que um 'ser humano solitário' é uma contradição em termos. A existência de um ser humano isolado é como uma planta tentando sobreviver sem sol e sem água. E finaliza, A qualidade de nossa existência humana depende de nossos relacionamentos.

Em memória

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Hoje inicio meu blog no dia em que comemoro cinco anos de minha ordenação sacerdotal. Com o lema, "Em atenção a Tua Palavra, vou lançar as redes" (Lc 5, 5), iniciei o meu ministério. Fácil? Longe disso! A foto que abre este espaço é só um convite, mas ao mesmo tempo indica um início, uma porta que está se abrindo. Muita coisa ainda vai passar por essa porta. Oxalá ela esteja sempre aberta... Porém, nestes cinco intensos anos, muitas pessoas, histórias e coisas passaram por ela! Só Deus sabe!!! Obrigado Senhor por esses cinco anos.