A nova era prevista para encaixar-se no calendário festivo dos anos 2000/2001 parece ter sido agendada para outro momento. O novo mundo está em trabalho de parto e vai nascer. Finalmente Chronos estaria deixando espaço para Kairós . Este primeiro, preso ao desejo de estabilidade, prefere devorar os seus filho, segunda a mitologia grega, para manter o seu status. Dito de outra forma, manter tudo como está. Porém, uma reedição de algo do passado chega para marcar o futuro. Uma pandemia golpeia a humanidade como em outros tempos e nos oferece a oportunidade de recomeçar, sem os condicionamentos e correrias impostas pelas agendas ou relógios. O tempo oportuno ou kairológico vem como uma pausa necessária para a reorganização e o pensar diferente. As incertezas são companheiras da ansiedade. O não poder cumprir com os planos ou sonhos programados causa a terrível sensação de vazio. Isso, talvez, porque colocamos nossa confiança nos projetos e compromissos. O novo está acont
A experiência de “lockdown” não tem sido solitária, ao contrário, somos acompanhados por multidões ao redor do mundo. Através das nossas telas vimos o Papa Francisco que, com gestos e voz profética, falou para ao vazio mais cheio que se pôde testemunhar: " A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades." . A tempestade de que ele fala é uma pandemia que já era anunciada e até esperada. Não se sabia quando, mas era certo que um dia chegaria. A ciência previa, mas não escutamos e nem nos precavemos. Era mais importante seguir com a ordem do dia, seja na economia, na política ou nas relações sociais. Os compromissos e agendas fizeram com que se corresse, sempre mais, atrás do prejuízo. Foi então que a vulnerabilidade se apresentou mais forte do que o poder fazer ou decidir. Surge o momento em que já não se sabe mais
Todo ser que respira louve ao SENHOR... Aleluia! ;)
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