Certa ocasião, quando eu era pároco em Três Rios/RJ , um jovem entrou em meu escritório com um apelo: "tenho aqui um amigo de infância que está no crack. Ele precisa de ajuda". Ali começava uma história que eu não podia imaginar até onde nos levaria. O jovem ficou, conversamos e muita água passou... Mas o crack não. Passado algum tempo, movido pelo desespero, o amigo voltou sozinho, com as próprias pernas bambas, os dedos marcados e as roupas queimadas pelas faíscas das pedras ao serem acesas. O amigo foi ajudado e levado a uma casa de acolhida e recuperação. Mas a história era outra. O jovem, aquele primeiro, o que levara o seu amigo, me desafiou. Queria começar, ele mesmo, uma casa onde os “amigos” da cidade que estavam envolvidos com as drogas, pudessem ser acolhidos e apresentados a uma nova vida, que ele mesmo um dia experimentara. Que bom! Mas já existia tantos outros lugares para isso, será que era sensato criar mais um. E, a partir de quê? Perguntava a minha razão e p...
um olhar diz tudo!!
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