Da janela do meu quarto posso ver centenas de outras janelas . Silhuetas, vultos, sombras. Às vezes é possível ver vida no som tímido de uma festa, na brincadeira contida de uma criança. Uma... uma só criança, uma só festa, às vezes... Se olho para fora, o mundo parece estar sozinho. Se olho para dentro, constato o mesmo. Não deixo de carregar o mundo ou parte dele comigo . Estou acompanhado de muitos e passo o tempo a preocupar-me e a dedicar-me a tantos. Mas do lado de cá da janela, estou só. O silêncio que nos acompanha não é ruim, mas também não é bom. É silêncio. Produz pensamentos, imaginações e fantasias, todos efêmeros como a nuvem que cobre o céu. Falar, sair, encontrar... eu me recuso, talvez por que não encontre a beleza da vida pulsante. Aproveito para encontrar-me. Isso não é egoísmo? Por enquanto é assim. A foto postada é muito clara, apesar da pouca luz. Uma gota em uma pétala. É uma cena bonita, mas solitária.
Nas recordações as vezes nos deparamos com grandes novidades. ( Sigmun Niet Magiole)
ResponderExcluirAo olhar esta foto senti uma grande saudade do meu tempo de menina na minha cidade natal Muriaé,com estas casa a beira da rua de paralelepípedos,calçadas estreitas,tempo bom em que todos se conhecião,as crianças brincavam sem preocupaçoes maiores.Tempo bom em que eu aprendi a caminhar nas procissões rezando ladainhas com velas nas mãos vestida de anjo,hoje é apenas recordações de velhos e bons tempos que não voltam mais.
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